A crescente influência da agroecologia na agenda política internacional foi debatida em painel realizado no dia 18 de maio, como parte da programação do III Encontro Nacional de Agroecologia (III ENA)...
De 16 a 19 de maio de 2014, mais de duas mil pessoas se reuniram em
Juazeiro da Bahia para discutir "porque interessa à sociedade apoiar a
agroecologia?" Esse foi o tema do III Encontro Nacional de Agroecologia
(ENA), organizado pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
Assim como outros temas, o encontro pautou a comunicação, vista com grande potencial para fortalecer o movimento agroecológico. “A comunicação é um direito fundamental que deve ser defendido para a efetivação da democracia em nosso país e para a consolidação da agroecologia como único modelo viável e sustentável para a agricultura brasileira”, destacou trecho da Carta Política
É com base nos ensinamentos extraídos nos debates realizados durante o Encontro que foi elaborada a Carta Política com proposições relacionadas aos temas que mobilizaram o esforço coletivo de reflexão feito no III ENA.
Três experiências desenvolvidas pelas organizações sociais no campo serviram de exemplo para estimular a reflexão em torno da construção do conhecimento agroecológico. A interação entre Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater), Pesquisa e Ensino foi alvo de análise do seminário temático durante o III Encontro Nacional de Agroecologia (ENA), na manhã do dia 18, tendo a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) à frente da atividade
Através do Seminário Saúde e Agrotóxicos, a Abrasco – representada pelo GT Saúde e Ambiente, contou com a participação das professoras Lia Giraldo e Raquel Rigotto, além de Ary Miranda, Guilherme Franco Netto e André Búrigo. O Seminário foi construído em parceria com a Rede Brasileira de Justiça Ambiental e com a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, com o objetivo de mobilizar em ações integradas que promovam a revisão e o debate sobre os diversos aspectos ligados ao uso de agrotóxicos e seus impactos.
Durante o III ENA, a pauta da construção das alternativas da economia solidária e da agroecologia estiveram articuladas a denúncia e a resistência nos territórios visualizados de norte a sul do país, nos seminários temáticos, oficinas e nas sessões simultâneas.
O documento foi construído coletivamente pelos mais de 2 mil participantes, fruto dos relatórios e discussões das atividades programadas, refletindo o Brasil Agroecológico almejado pela diversidade de movimentos da ANA. O documento apresenta respostas às crises atuais que a sociedade enfrenta.
Para Chicão, coordenador do Setor de Produção do MST, III ENA acontece num momento riquíssimo: “Esse sistema do agronegócio é um modelo velho que está caindo de podre. E surge o novo, que é a agroecologia.”
Uma caminhada de cerca de dois quilômetros, saindo do campus da Univasf, em Juazeiro, até a ponte Presidente Dutra, que liga a cidade baiana a Petrolina, em Pernambuco. À frente estavam pelo menos 2 mil pessoas, entre agricultoras e agricultores da cidade e do campo, ribeirinhos, povos e populações tradicionais de todo país em defesa da agroecologia e contra o agronegócio